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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ser e estar


Cada dia de um jeito... meu ser é retalho de muitas vibrações, cada qual desabrochando à minha maneira. Eu acalmo e perturbo, faço sonhar e desiludo, tempestade e arco íres. Lua, hora secante, hora em plenitude... sempre em movimento, multação de pensamentos. Fruta de vez, madura e passada, flor, semente, raíz. Sou muitas em mim mesma, várias de uma só, sortida em devaneios e palavras. Hoje, querendo querer ser mais ouvido do que boca, um doce meio amargo que também é azedo. Fantasiada de coragem eu aponto dedo na cara vida e viro de costas pro que não faz feliz. Filosofo sobre as dores com as quais me deitei enquanto buscava colo nos enfeitiçados braços da desventura. Me divirto com antigos desesperos, e fico rindo sozinha, meio louca e meio sã. Dou razão às emoções e deliro em febres de sensatez. Contradição, essa sou eu, e me encontro assim em todas de mim mesma, porque há o meu eu que é meu, e também o meu eu que é dos outros. Acredito naquilo que me é conveniente, e viajo nos limites ou então me perco logo, sendo extremo e meio termo, tomando café gelado e bebendo coca cola natural, percebo que como as pessoas, os sabores também têm gosto diferente quando mudam as temperaturas. A vida é muito, a gente é que suga pouco dela, na verdade quase nada. Perdemos tempo e nem nos damos o trabalho de procurar, fica por isso mesmo. Alguns segundos, mêses e anos, e a gente vai passando por ele e contado ele passar depressa, depois vem o espanto, esse eu não entendo, realemente, eu não consigo entender, nós sabemos, está em livros, são dores choradas de muitos poetas, o tempo passa o caminho é só de ida, de quando em vez um ou outro tem a sorte de pecerber um retorno nessa estrada, mas todo ganho tem um sacrificio, e como o nome já diz, é precivo voltar, dai se vão mais uns bocados de tempo e coragem. Não sei bem, não sei mal, não sei bom e não sei mau, sei pouco, e quanto menos sabia, memos questionava, mas o saber é um vício que transforma nossos habitos e respinga em quem vive por perto. Me perco na sabencia alheia, e vira e mexe me reconstruo por sobre as bases descartáveis de conceitos variantes, verdades e mentiras que trocam de lado e me confundem. Ainda não me montei, não sei quem sou porque ainda não sou, estou.