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domingo, 10 de julho de 2011

O retorno de Saturno


Crise, como temos ouvido esta palavra nos ultimos tempos. Tudo começou, pelo que me lembro, com uma tal crise econômica que teve origem na crise imobiliaria, que teve origem na crise do comercio, e por ai vai. Não vou me apegar às crises mundiais porque estou sempre entrando e saindo de uma. Ja passei por um bocado delas: crise de risos, de choro, crise de consciência por ter causado cirse de nervos em minha mãe, crise boba de ciumes, crise de pré-adolescencia, so pra citar algumas.

Agora mesmo passo por uma crise, a tal crise dos 30, que segundo os astrologos, começa aos 28 anos de idade, quando entramos em nosso primeiro retorno de Saturno. Não, este não é um texto se ficção onde eu vou dar aquela viajada basica e levar todo mundo pra delirar comigo na minha mais nova alucinate aventura no planeta Saturno. Sei que estou falando de crise, mais ainda não cheguei a tanto. Digamos que esteja apenas perambulando entre uma teoria astrologica da qual tenho consciência superficial e algumas pesquisas rapidas na tentativa de aliviar minhas ansiedades.
Ou talvez seja mesmo so mais um poste inspirado nos meus questionamentos de tensão pré menstrual ou quem sabe ainda aquelas reflexões em que nos lançamos quando comemoramos uma nova primavera.

Seja qual for a causa, os fins ja foram justificados. Não que eu tenha encontrado minha paz interior ou atingido o nirvana, mas pelo menos me distrai e me rendeu um poste. Mas vamos ao que interessa. Segundo dicionario Grand Robert, os primeiros relatos de utilisação da palavra crise (crisim) são do século XV, mais precisamante de 1478. A palavra que tem origem tanto no latin medieval crisis, quanto no grego krisis pode ser definida como um sintoma provocado por transformações para as quais não estejamos habituados, é o pico de um momento transitorio, que pode ter consequências positivas ou negativas. Tudo vai depender da postura escolhida, do ponto de vista que temos e principalmente das atitudes tomadas.

Mas o que o tal retorno de Saturno tem haver com minha crise? De acordo com a astrologa Marcia Mattos, tudo. Ela conta que quando completamos 28 anos de idade o Sol volta a passar em Saturno, assim como quando nascemos, iniciando um novo ciclo de vida. E como todo nascimento é, de certa forma dolorido entramos em criiiiiiiiiiiiiiiiiise.


Sempre procuramos sentido para os simbolos que nos rodeiam, venham eles embutidos em mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras ou numeros. Ainda atras de explicações para tal crise dos 28, encontrei o dicionario de Simbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant que imprime a seguinte versão: 2- remete ao dualismo chinês do Yin e Yang, à bipolaridade do bem e do mal, do dia e da noite. Sendo assim um simbolo de oposição, conflito. 8- matematicamente expressa o infinito, astrologicamente o equilibrio cosmico, oito é também o numero de petalas da flor de lotus, que na cultura asiatica é o arquetipo da vulva e simboliza a perpetuação da reprodução. Existem ainda dois outros ciclos de renovação representados pelo numero 28. Os ciclos lunares e o ciclo menstrual duram 28 dias.

A verdade é que crises, conflitos e mudanças vão acontecer sempre e em todas as idades. Porque a vida é assim, estamos em movimento. Me apoio em Newton que em sua segunda lei provou que para cada ação existe uma reação. E em Nietzsche, que afirmou que o ideal é algo inatingivel, pelo simples fato de que o real tem seus imprevistos. E que sejam eles doces, azedos ou amargos, mas que venham.

''e aos 29 com o retorno de saturno decidi, começar a viver …'' Renato Russo (Legião Urbana)
''entre o retorno de Saturno e o seu, busco uma resposta que acalme meu coração, do amanhã não sei o que esperar...'' Tico Santa Cruz (Detonautas)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Denuncia


24 so não basta, preciso de um dia com 30h! 6h a mais pra estar com amigos, ler ou simplesmente de dar ao luxo de não fazer nada! Quero um dia com 30h. TRINTA, PRECISO DE 30H! Menos me aperta, me apressa, quero tempo pra correr, mas como esporte não por atraso, não pra ganhar tempo. Dizem que tempo é dinheiro, não concordo, tempo vale dinheiro, não o meu, não tão pouco, tão barato, dado! Ainda não encontrei alguém disposto a me pagar um preço justo, tempo não é dinheiro, tempo é moeda de troca, mas seu valor é sono, leitura, risos, churrascos, bom vinho e otima companhia. Presico de mais tempo pra poder pensar e me revoltar contra esse sistema que rouba tempo, rouba cultura, me rouba, me rouba, me viola, me esturpa, quero meu tempo de volta! Você pegou sem autorização agora estou aqui pra reclamar meu tempo, hoje mensuro meu prejuizo e você que fui enganada, aproveitaram-se do meu tempo! Venho aqui prestar minha denuncia e pedir tempo de volta. Quero com juros e todas as correções!

Ocio


Ocio que te quero bem, vem. E tras contigo livros, papel e caneta, quero escrever minhas angustias, meus delirios, desenhar meus sonhos. Quero-te junto colado em mim. Quero sem abuso que é pra não me cansar de você e também não quero que se canse de mim. Isso, ocio faz-te meu amigo, mesmo que sejas falso, fingido, venha fantasiado, pelado, de terno, como querias, caretas quadradas, compasos, com peiras, com musica, elfos e unicornios, quero ocio, ocio, te anseio, ansiosa, ociosa, nervosa, ora bolas.

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem rima


Queria fazer versos, ai seria uma "verseira". Mas isso não sei fazer não. Eu queria mesmo era ser poetisa! Sabe a mulher que compõe versos? Essa mesma, eu queria ser ela. Juntar letras numa ordem "bunita" de se ouvir, letras que rimem. Dessas que tem o mesmo final, tipo canção e coração. Desse jeitinho bem ai. Mas queria poder ir mais longe que isso. Nasci em Imperatriz, interior do Maranhão. Ja vi e ouvi muita coisa nessa vida, coisas que quando conto, nem todo mundo acredita. O povo pensa que eu invento, assim, tiro os causos do ar, do vento. Sou assim tão inventosa não, se fosse mesmo escrevia era livro, quem sabe até novela de radio. Radio sim, é mais gostoso que televisão, a gente ouve, ai imagina tudo, do jeitinho que a gente a gente quer. Ora, que graça tem ver tudo pronto? Sei não, gosto das coias do meu jeito. Tenho pouca idade, mas tenho muita viagem. De estrada de terra, comendo poeira e me lavando em açude. Mentira? Minto sim, se disser que não, ai é mentira ainda "mais grande", e mais feia. Ai num pode, minha mãe me deu educação correta, eita como eu era danada. Levei muita palmada, fiquei de castigo, mas não se adiantou muito não, continuo tinhosa, cabeça dura, mulinha da Silva Bastos. Todo mundo tinha medo de mim, exagero, disso eu gosto, sou exagerada, mas também com esse tamanho meu, se não exagerar ninguem me enxerga ai vão pisar em cima de de mim, ai o que fazer? Eu xingo, ser baixinha ja de me deixou muito injuriada. Um metro e meio, quase que a raiz quadrada de dois. Dois irmãos, os dois mais novos. Sou mais velha, não so porque nasci primeiro, mas porque sempre fui assim, rançenta. Gosto de coisa antiga. Mas isso não quer dizer que não seja "muderna", eita que no tempo de voinha nem tinha maqina de lavar roupa. Isso é atraso de vida, bota no sol pra quarà, espera seca, pra passar, engomar e guardar. Hum perci meu tempo com isso não. Jogo tudo na maquina e corro pro meu note book escrever. E ideai por demais que se passa nessa minha cabeça, se não escrevo, tenho medo de ela explodir. Gente a roupa ja esta lavada, e maquina apitou, o varal esta me esperando. inté.